A
agnosia é uma perturbação pouco frequente, que se caracteriza pelo
facto de a pessoa poder ver e sentir os objectos, mas não os pode
associar ao papel que habitualmente desempenham nem à sua função, ou
seja, consiste na deterioração da capacidade para reconhecer ou
identificar objectos, pessoas, sons, formas. Uma pessoa com agnosia não
tem capacidade de reconhecer objectos, como por exemplo uma caneta,
pessoas familiares ou a sua própria imagem no espelho.
Esta está normalmente associada a danos cerebrais ou doenças
neurológicas, particularmente a lesões do lobo temporal e do lobo
parcial, onde se armazena a memória e a importância dos objectos
conhecidos. Muitas vezes, a agnosia aparece subitamente depois de um
traumatismo craniano. Pode, no entanto, ser também resultado de uma vida
com muito stress onde a saúde em si é deixada em segundo plano em
relação às actividades do dia-a-dia.
Nos
casos onde estão conservadas a integridade das vias nervosas aferentes e
existem lesões corticais na vizinhança da área de projecção, nas
chamadas áreas para-sensoriais, mantém-se a integridade das sensações
elementares, porém, há alteração do ato perceptivo. Nesses casos, também
se fala de Agnosia.
Assim sendo, Agnosia não é uma alteração exclusiva das sensações, nem
exclusiva da capacidade central de perceber objectos externos, mas uma
alteração intermediária entre as sensações e a percepção. Em alguns
casos, observa-se a perda da intensidade e da extensão das sensações,
permanecendo inalteradas as sensações elementares; em outros casos há
integridade e extensão, mas perda da capacidade de reconhecimento dos
objectos.
Algumas pessoas com agnosia melhoram ou recuperam de forma espontânea,
enquanto outras devem aprender a assumir a sua estranha incapacidade,
não existindo ainda um tratamento específico.
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